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Investimentos

04 de Maio de 2020 as 11:05:37



MARKET UPDATE Semanal de 25-abr a 01-maio: O impacto da Pandemia na Economia


BB-BI - Market Update Semanal
de 25-abr a 01-maio
 
No Market Update desta semana, acompanhe o impacto da pandemia nas principais economias e os dados do mercado de trabalho no Brasil.
 
Mundo
 
Como reflexo da pandemia de Covid-19, o PIB dos EUA caiu 4,8% no primeiro trimestre (taxa anualizada). As principais economias da Europa também reportaram quedas expressivas em função da epidemia.
 
Principais economias vem reportando forte contração no PIB
 
O PIB dos EUA recuou 1,2% no primeiro trimestre de 2020 (ou 4,8% considerando-se a taxa anualizada). Esta foi a maior contração já registrada desde a crise financeira de 2008.
 
O consumo das famílias, que representa quase 70% do PIB,despencou 7,6% (taxa anualizada) em função das medidas de quarentena implementadas em boa parte do país desde o início do mês passado.
 
A expectativa para o segundo trimestre é de uma retração bem mais forte que, a depender da duração do lock down, pode ser a maior da história.
 
 Além da China, que já havia reportado uma retração de quase 10% no PIB do primeiro trimestre, alguns países da Zona do Euro, que foram bastante afetados pela epidemia, seguiram a tendência e reportaram fortes contrações em suas economias nos três primeiros meses do ano.
 
PANORAMA EXTERNO
 
FED 
 
Fed mantém taxa de juros inalterada
 
O Federal Reserve decidiu manter a taxa de juros americana no intervalo de 0,00% a 0,25%. Houve, ainda, a sinalização de que os juros devem permanecer nesse patamar até que a economia retorne a normalidade.
 
 O Federal Reserve decidiu, através de seu comitê de política monetária (Fomc), manter a meta da taxa básica de juros americana no intervalo de 0,00% a 0,25%. Em seu comunicado, o Fed declarou que pretende manter uma política monetária mais agressiva até que a economia apresente sinais de retorno a normalidade, mais especificamente em relação às suas metas de pleno emprego e estabilidade dos preços.
 
O Comitê ressaltou que as medidas que vem sendo adotadas para conter o avanço do coronavírus vem causando fortes perdas na atividade econômica e, consequentemente, nos postos de trabalho.
 
Além disso, a queda da demanda e nos preços do petróleo tem pressionado para baixo o nível de preços ao consumidor.
 
CENÁRIO DOMÉSTICO
 
Inflação 
 
IPCA-15 registra deflação em abril
 
A inflação medida pelo IPCA-15 apresentou uma deflação de 0,01% em abril. O índice foi influenciado pela queda nos preços de combustíveis.
 
 Em abril, o IPCA-15 apresentou deflação de 0,01%, menor valor para o mês desde o início do Plano Real. O índice foi bastante influenciado pelas expressivas quedas nos preços dos combustíveis que, de forma agregada, caíram -5,76% refletindo o recuo dos preços da gasolina (-5,41%) e do etanol (-9,08%). Já a inflação do grupo Alimentos e bebidas apresentou uma variação positiva de 2,46%, puxada pela alta nos preços de Alimentação no domicílio (3,14%).
 
Assim como no mês passado, o índice fechou bem próximo de zero acumulando, assim, uma inflação de 2,92% nos últimos 12 meses. Com dados mais fracos de inflação, aumentam as apostas quanto a um novo corte nos juros na próxima reunião do Copom, dia 06/05. Nossa expectativa é de uma redução de 0,50 p.p., o que levaria a Selic para 3,25% a.a.
 
Mercado de trabalho
 
Número de requerimentos de seguro desemprego cai em março
 
O numero de requerimentos de seguro desemprego totalizou pouco mais de 536 mil em março. Apesar da alta em relação mês anterior, o indicador se mantém abaixo da média dos último 12 meses. O desemprego oficial, medido pelo IBGE, subiu para 12,2% no trimestre encerrado em março. Na série com ajuste sazonal, o desemprego também se elevou, passando de 11,4% (fev-20) para 11,5% (mar-20).
 
 Nesta semana, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia, divulgou os dados de pedidos de seguro desemprego atualizados até a primeira quinzena de abril. No acumulado do período foram contabilizados cerca de 1,8 milhão de requerimentos, o que representa uma queda de 7,4% em relação ao mesmo período de 2019.
 
Se considerarmos os dados mensais, verificamos que em março foram registrados pouco mais de 536 mil pedidos contra cerca de 556 mil em março do ano passado, ou seja, uma queda de 3,5%.
 
Mesmo considerando a estimativa de pedidos represados, os dados da segunda quinzena de março e primeira quinzena de abril, que compreendem o primeiro mês desde o início das medidas de isolamento social, não mostram uma variação significativa no numero de requerimentos a exemplo do que vem ocorrendo nos EUA.
 
O desemprego oficial, medido pelo IBGE, subiu para 12,2% no trimestre encerrado em março.
 
Na série com ajuste sazonal, o desemprego também se elevou, passando de 11,4% (fev-20) para 11,5% (mar-20)
 
 Segundo os dados da PNAD Contínua, divulgados pelo IBGE, a taxa de desocupação subiu para 12,2% no trimestre encerrado em março. Já na comparação com o mesmo período de 2019, no entanto, o indicador apresentou uma melhora. No trimestre encerrado em março do ano passado, a taxa de desocupação era de 12,7%.
 
 Quando ajustamos a série considerando a sua sazonalidade, observamos uma pequena piora no índice que passou de 11,40% em fevereiro para 11,48% em março.
 
 O rendimento médio apresentou uma pequena melhora, crescendo 1,1% em relação ao trimestre anterior. A massa salarial, no entanto, apresentou queda de 1,3% no comparativo trimestral.
 
Política fiscal
 
Déficit primário atinge R$ 21,2 bi em fevereiro 
 
Em março, o Governo Central apresentou um déficit primário de R$ 21,2 bilhões. Com isso, o déficit acumulado em 12 meses atingiu R$ 90,2 bilhões
 
 Em fevereiro, o déficit primário registrado pelo Governo Central - que inclui os números do Tesouro Nacional, Banco Central e INSS - atingiu R$ 21,2 bilhões. Com este resultado, o déficit acumulado em 12 meses passou para R$ 90,2 bilhões o que equivale a 1,21% do PIB. A meta de resultado primário do Governo Central para 2020 prevê um déficit de R$ 124,1 bilhões (1,64% do PIB).
 
No entanto, o Decreto Legislativo nº 6/2020 dispensou o governo do cumprimento das metas fiscais estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Com isso, haverá mais espaço para realização de políticas sociais que visem contornar a crise da Covid-19.
 
A estimativa do Tesouro Nacional é que tais medidas elevem o déficit primário deste ano para algo na casa de R$ 400 bilhões (cerca de 5% do PIB), o que representaria um rombo sem precedentes na história recente
 
Crédito 
 
Concessões de crédito PJ disparam em março
 
O saldo das operações de crédito do SFN alcançou R$ 3,6 trilhões em março. O resultado foi fortemente influenciado pela expansão das concessões de crédito para PJ
 
 O estoque total de operações de crédito do SFN Sistema Financeiro Nacional atingiu cerca de R$ 3,6 trilhões em março, o que representa uma expansão de 2,9% em relação ao mês anterior.
 
No acumulado de 12 meses, a taxa de crescimento passou de 7,4% em fevereiro para 9,4% no mês passado. Em termos de percentual do PIB, o indicador avançou de 47,7% para 48,9%. Esse aumento foi puxado pela forte expansão nas concessões de crédito para pessoas jurídicas que, em março, somaram R$ 225 bilhões, uma alta de 60% em relação ao mês anterior e 58% em relação a março de 2019.
 
O saldo total da carteira PJ acumula agora cerca R$ 1,5 trilhão. A alta mais concentrada em operações de curto prazo sugere que essa expansão está relacionada a uma maior necessidade de liquidez por parte das empresas.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise a respeito preparado por HENRIQUE TOMAZ, CFEA, Analista Sênior, e RICHARDI FERREIRA, CNPI, Analista, ambos integrantes do BB Investimentos.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HENRIQUE TOMAZ, CFEA, Analista Sênior, e RICHARDI FERREIRA, CNPI, Analista, integrantes do BB Investimentos.





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